O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) investiu 50 mil milhões de Kwanzas em 102 projectos agrícolas, ligados à produção de cereais em 11 anos (2012/2023).
A informação foi tornada pública por Eduardo Katalhary Mohamed, administradores do FGC, na “VI Conferência E&M Sobre Agricultura”, em Luanda, a 21.02.2023, onde participou na segunda mesa-redonda do evento “Planagrão, Seguro e o Financiamento à Agricultura”.
Pelo menos 80% do montante das garantias, continuou, foram destinadas às pequenas e médias empresas (PMEs). O restante foi injectado nas cooperativas e micros empresas. O Banco BIC absorveu 50% do valor.
Geograficamente, avançou Eduardo Katalhary Mohamed, 90% da cifra foi aplicada em projectos agrícolas (ligados à produção de cereais) nas províncias do Cuanza Sul, Malanje e Huíla.
O investimento feito pelo FGC, sobretudo aos projectos ligados ao Angola Investe, disse, gerou um crédito malparado de 30%, que obrigou aquela instituição financeira a elaborar um programa de saneamento (da carteira crítica) num período de três anos.
No âmbito do programa de saneamento da carteira crítica do FGC, afirmou, no passado foi pago aos credores 10 mil milhões Kz. Está previsto o pagamento da mesma quantia monetária em 2023.
Jorge Veiga, administrador do BIC Agro, um dos participantes da segunda mesa-redonda, garantiu que aquele banco está disponível para financiar projectos ligados à produção de cereais, pelo facto de ser uma questão crucial ao País.
O Banco BIC, avançou, Jorge Veiga, é o primeiro no financiamento à economia real. O crédito concedido à agricultura representa 12% da carteira de crédito.